Filme A Colheita do Mal (2007): 10 pragas do Egito, 10 explicações científicas


Lançado em 2007, o filme A Colheita do Mal traz uma narrativa intrigante que mistura fé, ciência e mistério. A história gira em torno de Katherine Morrissey, uma ex-missionária cristã profundamente marcada pela tragédia pessoal. Após perder sua família em circunstâncias devastadoras, ela abandona sua fé e passa a usar seu conhecimento para desacreditar fenômenos religiosos, aplicando explicações científicas sempre que possível.

O enredo se desenrola quando uma pequena cidade começa a vivenciar eventos inexplicáveis que lembram as pragas bíblicas. Inicialmente determinada a provar que não há nada sobrenatural por trás desses acontecimentos, Katherine enfrenta um grande desafio: à medida que investiga os fatos, percebe que nem tudo pode ser explicado pela ciência. O filme nos convida a refletir sobre os limites do entendimento humano e onde termina a lógica e começa o inexplicável.

Assisti ao filme em DVD há muitos anos, mas uma cena específica me marcou muito. Em uma sequência, Katherine apresenta 10 explicações científicas para as 10 pragas do Egito , conforme descritas na Bíblia. Para mim, essas explicações fazem sentido e oferecem uma perspectiva interessante sobre como fenômenos naturais podem ser interpretados como intervenções divinas dependendo do contexto.

As Dez Pragas do Egito


Para quem não está familiarizado, as dez pragas do Egito são eventos narrados no livro bíblico de Êxodo. Elas foram enviadas por Deus para convencer o faraó a libertar os israelitas da escravidão. As pragas são:

  • Água transformada em sangue
  • Infestação de rãs
  • Piolhos
  • Moscas
  • Morte do gado
  • Chagas (feridas e doenças)
  • Chuva de granizo
  • Gafanhotos
  • Trevas (praga de escuridão)
  • Morte dos primogênitos

A Cena que Marcou


Na cena mencionada, Katherine explica que essas pragas podem ter explicações baseadas em cadeias de eventos naturais. Mais abaixo, compartilho a transcrição dessa parte impressionante do filme:


"Em 1400 a.C., um grupo de egípcios nervosos viu o Nilo ficar vermelho. Mas o que eles pensaram ser sangue era, na verdade, uma proliferação de algas que matou os peixes, que até então se alimentavam dos ovos de rãs. Esses ovos não consumidos resultaram em um número recorde de girinos, que posteriormente migraram para a terra e morreram. Seus corpos em decomposição atraíram piolhos e moscas. Os piolhos carregavam o vírus da língua azul, responsável por matar 70% do gado egípcio. Já as moscas transmitiam glanders, uma infecção bacteriana que causa feridas purulentas em humanos. Logo depois, o Vale do Nilo foi atingido por uma tempestade de areia que durou três dias – conhecida como a praga das trevas. Durante a tempestade, o calor intenso combinado com uma frente fria poderia gerar granizo e tempestades elétricas, vistas pelos antigos egípcios como 'fogo do céu'. O vento subsequente desviou uma nuvem de gafanhotos etíopes para o centro do Egito. O granizo úmido e os dejetos dos gafanhotos contaminaram os grãos com micotoxinas. Na época, o filho mais velho comia a maior porção das refeições, consumindo assim a maior quantidade de toxinas, o que levou à sua morte. Dez pragas. Dez explicações científicas."

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