Quando eu era mais novo, lembro de assistir a uma cena de um filme de terror na TV aberta — acho que na Band. A cena inicial ficou gravada na minha cabeça. Era um lugar meio escuro, tipo uma caverna, cheio de neblina. Um cara com uma máscara de mergulho flertava com uma mulher de biquíni. Até aí, ok. Mas, do nada, ele empurra a mulher contra a parede. Dá pra ver o rosto dela, pálido, cheio de medo. A câmera então desce pro tórax dela... e lá estava: uma farpa gigante atravessando o tórax.
Eu não vi o filme inteiro, nem sei por quê, mas essa cena me marcou. Recentemente, bateu a curiosidade e fui pesquisar.
Não foi tão difícil de achar: era Dia dos Namorados Macabro (My Bloody Valentine), de 1981.
A cena em questão era esta:
A sinopse é simples: "Terrível assassinato resulta na morte de 22 pessoas, em pleno Dia dos Namorados. Adolescentes da classe trabalhadora escapam de uma mina de carvão disfarçada, armados com picaretas."
Tem nota 6,2/10 no IMDb. Pelo jeito, tentaram criar um assassino mascarado que mata em datas especiais, mas não pegou. Pouca gente lembra desse filme hoje em dia.
Ah, vale dizer que o filme ganhou um remake em 2009, lançado no embalo do hype do cinema 3D. Foi uma tentativa de reviver a história com aquele estilo mais moderninho, cheio de cenas pensadas pra "saltar da tela".
Não sei exatamente o porquê, mas aquela cena inicial ficou ficou na minha cabeça (assim como outros filmes que vi na infância). Talvez fosse o clima sombrio, o suspense, ou até o susto. Filmes de terror têm esse jeito de grudar na nossa memória, mesmo quando não são grandes clássicos.
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